sexta-feira, 3 de julho de 2009

4 de Julho de 2009.

Abriu timidamente os olhos, viu um feixe de luz pela janela, havia amanhecido. Virou-se, enrolou alguns segundos e se levantou, fazendo barulho ao caminhar naquele piso amadeirado e antigo do segundo andar. Procurou uma roupa mais quente, pois fazia um frio um tanto quanto extrangeiro, lavou o rosto, mesmo tendo que aguentar aquela água gelada logo de manhã em contato com sua pele fina e macia, vestiu seu melhor sorriso ao tentar camuflar da melhor forma seus pensamentos turbulentos. Desceu um lace de escadas, tomou um gole daque copo de leite que estava pronto á mesa, pegou sua mochila e sem deixar palavras pra trás, abriu a porta e caminhou rua afora. Era estranho, caminhar de manhã, quando na verdade deveria estar trancafiada em uma daquelas salas de tortura escolares, lutando para não dormir na pior aula de química da sua vida, sendo que as fórmulas dali, não resolveriam nada sua vida. O mais estranho de caminhar em horário de aula é que inacreditavelmente ninguém da sua idade está na rua, só aquele excesso de movimentos e pessoas transitando tão rapidamente, que se tornam vultos ao seu redor e fazem você se sentir perdido, como uma criança que se perde da sua mãe em um shopping center num domingo qualquer, quando estão fazendo compras. As pessoas perdem tanto tempo, ou melhor, tentam não perder tempo se atrasando que nem percebem você ali. Mas você continua a andar, e então decidi ir á um lugar mais tranquilo, e pensa...um parque? Sim, um parque. A poucos metros dali não havia bem um parque, mas uma praça, não muito pequena, mas do tamanho para você conseguir um refugiu em seus pensamentos. Sentou-se em um daqueles bancos, estava frio, pouca neblina, mas notava-se alguma ali, fechou os olhos, respirou fundo. Ouviu um barulho estranho, era o despertador, 6 horas da manhã, abriu os olhos e descobriu que não havia saído de casa, que estava sonhando, virou-se e dessa vez, adormeceu por horas.

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