sábado, 27 de fevereiro de 2010

27 de Fevereiro de 2010.

Caro diário, tem sido incrivelmente alegre e angustiante, viver os meus dias. Em alguns momentos eu sinto que vou jogar tudo para o alto e por vezes a saída de emergência parece a porta para o caminho mais complicado. Eu sou feliz, isso é fato. Porém em alguns momentos, me sinto um enorme ponto de interrogação, cercado de reticências que não são nada mais que histórias que a gente vai ouvindo por aí, mas que ficam na nossa mente e corroem, ou vão corroendo, algumas partes. Um dia essas histórias mal contadas vão corroer tudo, como ácido na pele e eu posso perder uma parte importante, porque eu achava saber de alguma coisa, mas às vezes, acho que eu não sei absolutamente nada de você. Eu realmente não sei, não sei. E não sei se gostaria de saber.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

25 de Fevereiro de 2010.

Um dia, um velhinho foi a uma de suas consultas periódicas ao médico, só que desta vez um pouco apressado.
O médico então lhe perguntou:
- Pq a pressa? e ele respondeu:
- Todos os dias neste horário vou visitar minha esposa que está num asilo. E o médico comentou:
- Que bacana! Então vocês matam as saudades, batem papo, namoram um pouquinho!! E o velhinho diz:
- Não! Ela não me reconhece mais, por causa de sua doença.
O médico surpreso então pergunta:
- Mas por que então tanta pressa para vê-la, já que não o reconhece mais?
E com um sorriso no rosto, o velhinho
responde:
- Mas eu a reconheço! Eu sei quem ela é e o que representa na minha vida a tantos anos. Por isso todos os dias eu a reconquisto, como se cada conquista fosse única e verdadeira. Este é o verdadeiro amor....INCONDICIONAL!!!

Trecho - "Diário de uma Paixão" (The Notebook)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

24 de Fevereiro de 2010.

É uma sensação estranha não é?
Ter e sentir que não tem. É a sensação de ausência, quebrada por alguns minutos pelo barulho das teclas que ecoa na noite paulistana. É saber que tem, mas não pode ter, como queria. Eu tento acreditar, me esforço para ir, dia após dia, feliz, mas esboçar um sorriso para agradar, não é um exempo bom. Por mais que seja um sentimento verdadeiro, eu me sinto só, só a esperar, mais um tchau, um boa noite ou até logo, um pouco de atenção.
Eu só queria que alguém me entendesse, só queria abraçar, sentir, sem qualquer obstáculo ou algum caco de vidro, eu só queria, só, ando só e só eu sei.

23 de Fevereiro de 2010.

Lembro-me com exatidão, a voz que eu corria para ouvir, indo na direção de um simples orelhão. Eram 30 unidades, não deveria passar de uns 2 ou 3 minutos, mas tinha certeza absoluta de que seriam os melhores. Chamou uma, duas, três vezes, era receio de ambos os lados da linha. Lembro que gaguejei e ria como uma tola e eu nunca perguntei como uma pessoa estava, tantas vezes, mas prefiro acreditar que era só para conferir. Lembro e fico lembrando, nessas horas que a noite me pega para bailar e embalar nas estrelas que vejo, me pergunto se está aí, vendo o mesmo céu que eu, talvez sim e talvez ainda lembre, talvez não. Bons dias, bons dias.
O fato de eu querer conversar com você, não significa que eu seja egoísta ou uma psicopata, ou viciada, é difícil não ter quando se quer o que te faz bem, a cura, não só para o tédio, mas para o coração. É difícil. Mas eu acredito no destino e os ventos levam e trazem. E senhor destino, o que tu me reserva?

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nô Stopa

Seu primeiro disco, gravado de maneira independente, foi lançado em 2004 pelo selo próprio ‘Sol do Meio Dia’ e distribuído pela Tratore. Neste trabalho, produzido por Alexandre Lima e Thomaz Gruetzmacher, Nô Stopa mostra nove músicas de sua autoria, sendo algumas em parceria com Chico César, Marcelo Bucoff e Wesley Noog, além de “Satellite of Love” de Lou Reed. O nome do disco sugere a junção de força e delicadeza em arranjos com influências do rock por onde passeiam timbres suaves, como o da flauta transversal, violões e a própria voz da cantora. As letras das canções também se entrecortam por esses dois caminhos.

• Ouça (Myspace)
• Download CD "Camomila e Distorção"
• Download CD "Novo Prático Coração"

22 de Fevereiro de 2010.

Hoje, eu lembro, com o maior sorriso estampado no rosto, de todas as vezes, que pude compartilhar contigo, gargalhadas nas madrugadas, em que o sono não vinha e eu não fazia questão alguma que ele viesse. Lembro que só saia da frente do computador, quase ao amanhecer ou quando ouvia os estralos da cama, anunciando uma suposta chegada da minha mãe, para me pegar no pulo e se não estivesse com o humor em boa sintonia, me desse um baita castigo, do qual sairia uns dois ou três dias depois, pelo bom comportamento, como um bom predisiário. Me lembro quando, em um desses dias arriscados, eu acabei de deitando de chinelos e colocando a caneca de um café já frio, embaixo da cama, assim que ouvi passos. Lembro -agora rindo- que ainda perguntei se estava na hora de levantar, para me certificar de que ela levaria a história de ter ido dormir duas horas antes à sério -e levou-. No dia seguinte, como no outro e no outro, tornei a voltar e no final das contas descobri um novo vício, era conversar com você. Como todo vício, eu precisava de você ali, para me ouvir (ler) e para encher de perguntas e respostas, eu não deveria me apegar tanto, mas acredite, a culpa não foi minha, não pude conter o tintinear dos meus dedos nessas teclas, não pude contar o sorriso de orelha a orelha quando via tu presente e se importando comigo, foi apego e como diria um pescador 'foi dos grandes'. E agora, o que eu faço com essa saudade, que como poeira, impregna? Guardo você, junto com todos os pra lá de quatrocentos dias, se eu salvasse o histórico de conversas, estaria lendo ele, neste momento, mas salvei em um pasta oculta, dentro de mim, para que ninguém me pergunte ou procure, porque é meu. Mas eu sou feliz, por todos os dias que você foi motivo de felicidade -e ainda é-. Só eu sei da saudade.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

20 de Fevereiro de 2010.

Dois meses, que mais parecem anos.
E não passa um dia em que eu não pense que possa voltar.
Às vezes, para não falar sempre, eu queria.
Odeio o verbo 'esperar', mas odeio a palavra saudade, tudo pode gerar uma espera sem fim, uma frustação sem igual, uma dor que vai além do físico e do espírito. Vou disfarçando meus dias, minhas histórias e minhas palavras, tornando-as esperançosas e assim tenho vivido.
Um dia eu vou acordar e vou me deparar com as mais belas escritas, me confortando e dizendo simplesmente 'ok', sem esperar nada, apenas me trazendo sorrisos.
Cuida de mim?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

18 de Fevereiro de 2010.

Diálogo (in) pessoal.

- E aí, como você tá? E o seu coração?
- Estou indo e você? Diga você, você sabe melhor que qualquer um como está o meu coração.
- Está indo, para quê direção? Sobre seu coração, sinto muito.
- Sem direção, acreditava ter uma, uma direção certa e tornei por me perder de novo, deve ser mais fácil sem direção, pelo menos, não vou me perder no caminho ou em alguém. Sente? Não sei se isso importa pra você.
- Quer andar perdida, então? Isso importa, pra mim.
- O bom de se perder é que você não se machuca, você se deixa ir e não leva absolutamente nada. E não me venha com a conversa de que se importa, não de novo.
- O bom de se perder? Você está louca! Se você se perder, não é fácil de se achar! Você é importante.
- E quem disse que eu quero me achar? Você? Desculpe mas faço de surdos os meus ouvidos para tais conselhos, já fez demais quebrando o que eu levei tanto tempo para colar os cacos.
- Eu quero que se encontre e que nunca mais se perca. Desculpa.
- Não sei. Desculpar? Tirar a culpa por várias horas em que me senti morta, sem exagero algum, nunca pensou em me poupar coisa alguma, cravava até o último todas as palavras pontiagudas e não havia curativo para estancar tanto sangue.
- Vou embora.
- Adeus.
- Até logo.
- Fim.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

- Sou dois, me perdi, imagino tu pelas fotos. Como seria se tu estivésse aqui? Não sei. Pelas fotografias tu é a mas béla, pelas palavras tu me conquista,e pelo sorriso ? Não sei. Outra pessoa se encontra em mim, uma pessoa confusa que não sabes onde passar. Tudo que eu queria era estar ai, mas não posso neste momento, é melhor aqui. Vou dormir e leva comigo tuas palavras e tuas fotos. Guardo tudo em memória.

- Existe uma história que aconteceu. Existe uma história que você ouviu. Existe uma história que você quer ouvir. E existe a história que eu estou contando. É só escolher uma delas e fazer a sua verdade. Seja feliz com a sua verdade.

- Ah, se você pudesse sentir ontem não consegui dormir, sem ouvir a tua voz cansada, você devia estar aqui pra ver, aqui não pára de chover, desde que você voltou pra casa, se o meu lar for onde houver tua respiração, vou morar na tua voz, ao menos, até o final dessa canção, no teu coração. Ah, será que você vai lembrar? Onde é que você vai guardar o esboço dessa história? Ou vai fazer fogueira pra queimar, e ver que não dá pra fechar biblioteca da memória, você já me conheceu o bastante pra saber, se eu sou ou não bom o bastante pra você, quando acordar, quando a música acabar... eu posso te ouvir, e eu sinto como se nós não estivéssemos a sós. Você está aqui, e eu sei que posso estar em qualquer lugar. Ás vezes eu sinto que eu sou o ar.

- Tira o tênis estamos caminhando sobre nuvens. A gente não pode ouvir nada daqui de cima, além dos nossos sussurros. E, mesmo quando escurece, a gente sabe que não importa para onde a gente aponte. Vai ser sempre céu, e seremos sempre nós.

- Enquanto meus braços não são capazes de te alcançar, contento-me com a certeza de que estamos sob o mesmo céu, e com a chance de estares olhando para a mesma estrela que eu. Porque nós dois somos um e nada mais vai ser tão especial quanto nós e as nossas decisões. Sinto sua falta, cinco minutos é pouco pra mim, me devolve a minha eternidade. Vou fingir que estou beijando, os lábios que sinto saudade, e esperar que meus sonhos se tornem realidade.

- Existe alguém em mim que quer falar tudo que acha que sente. Quer dizer que faz qualquer coisa pra te ter ao lado todo dia à noite. Esse alguém te quer. Existe alguém que duvida. Duvida do que tu sentes e, justamente por isso, não diz o que sente. Ele não diz, e te faz achar que ele não sente nada por ti. Esse alguém te gosta muito. Existe também alguém que ferve. Alguém que ignora todo o sentimento, pois espera a cada esquina por algo melhor, algo que nunca aparece e que o faz permanecer nessa incessante busca. Esse alguém não vive sem ti.

(Lucas Silveira)

16 de Fevereiro de 2010.

- Parece que chega um dia, que no final dos contas, você se sente só, não tem a companhia e sente que não terá como antes, as fases da vida se encarregam de levá-la para longe, e embora eu não queira pensar, acaba levando em tempo integral, à entregando para as responsabilidades, família, estudos e ao maldito emprego, e eu precebo que, aos poucos vou desaparecendo, da vida, dos planos, dos olhos, é irreversível. Realmente não queria que fosse assim, mas decidi que vou seguir o meu caminho e estou um tanto quanto empenhada em fazê-lo para que tenha a menor porção de pedras possíveis. A vida consegue unir e separar, afastar. Afastar.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

22:23

Só por hoje ou por uns três dias, terei o heterônimo de angústia. Me sinto em estado de extrema e total angústia, onde a raiva e o choro contido me transformaram -sem exagero- numa pessoa triste. Em quatro paredes o sono não vinha, foi uma das noites mais agitadas, na noite só ouvia o pulsar intenso que quebrava o silêncio da noite fria do lado de dentro e de fora de mim. Já não sei mais o que sentir, já não sei o que decidir. Sou a tal pessoa frágil, destroçada por dentro que procura um orifício no penhasco para cravar os dedos e salvar um pouco de si, já que o resto já se perdeu, novamente. E se a vontade é de chorar, hoje já não sei o que é molhar lenços, chorei por dentro, transbordei de emoções e de sentimentos. Não existe, não sei, não há. São palavras que foram como lanças atiradas nos lugares estratégios para doer mais, para não conseguir parar de sangrar, para não ter cura e nem uma cicatrização rápida, estão encravadas e eu não tenho forças apra tirá-las. Vou degustando pouco a pouco -da pior maneira- a dor e o gosto do que escolhi, nos lábios o sangue, na cabeça a sua opção, que me esvaziou, que cravou, que me deixou assim.
Eu vou me curar, eu tenho que me curar, eu preciso!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

02 de Fevereiro de 2010.

Vou me desfazer de muita coisa.
Tem gente que exige demais, sabendo que não dá. Tem gente que não imagina a dor que é, tem gente que não sabe um terço do que eu sinto, eu queria poder saber escrever tudo o que eu senti em menos de 30 minutos por sua causa e mesmo que a vontade e o sentimentos se misturem a raiva, embora não seja bom sentí-la toma lugar no intervalo de segundos.
Eu SINTO, eu tenho CORAÇÃO, será que não vê? Que droga!