quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

18 de Fevereiro de 2010.

Diálogo (in) pessoal.

- E aí, como você tá? E o seu coração?
- Estou indo e você? Diga você, você sabe melhor que qualquer um como está o meu coração.
- Está indo, para quê direção? Sobre seu coração, sinto muito.
- Sem direção, acreditava ter uma, uma direção certa e tornei por me perder de novo, deve ser mais fácil sem direção, pelo menos, não vou me perder no caminho ou em alguém. Sente? Não sei se isso importa pra você.
- Quer andar perdida, então? Isso importa, pra mim.
- O bom de se perder é que você não se machuca, você se deixa ir e não leva absolutamente nada. E não me venha com a conversa de que se importa, não de novo.
- O bom de se perder? Você está louca! Se você se perder, não é fácil de se achar! Você é importante.
- E quem disse que eu quero me achar? Você? Desculpe mas faço de surdos os meus ouvidos para tais conselhos, já fez demais quebrando o que eu levei tanto tempo para colar os cacos.
- Eu quero que se encontre e que nunca mais se perca. Desculpa.
- Não sei. Desculpar? Tirar a culpa por várias horas em que me senti morta, sem exagero algum, nunca pensou em me poupar coisa alguma, cravava até o último todas as palavras pontiagudas e não havia curativo para estancar tanto sangue.
- Vou embora.
- Adeus.
- Até logo.
- Fim.

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