terça-feira, 15 de junho de 2010

15 de Junho de 2010.

"Poderei comparar-te a um dia de Verão?

Mais serena, tu és também sempre mais amável:

Os fortes ventos de Maio os brotos oscilam,

E o prazo do verão é sempre inconsolável:

Intenso demais às vezes, brilha o olho estelar,

E, não raro, se ofusca a luz de seu semblante,

Infausto, o encanto do encanto irá abdicar,

Por mera chance ou pelo destino inconstante;

Mas teu verão, eterno é e jamais morrerá,

E não hás de perder o encanto que possuis;

E sob a sombra da Morte tu não vagarás,

Pois em versos eternos tu e o tempo sois iguais:

Enquanto os olhos possam ver e o homem viver,

Vive este canto, e dar-te vida é o seu dever."

(Shakespeare)

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